H. Bn. ex H. Jumelle, 1922
H. Bn. ex H. Jumelle, 1922
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Rizoma em forma de tubérculo. As folhas têm 10 a 25 cm de comprimento e 2 a 5 cm de largura, são arredondadas na base e pontiagudas na extremidade; os pecíolos têm 6 a 13 cm de altura. O limbo apresenta-se ondulado-crispado sobre toda a superfície; tem 2 a 4 fieiras de nervuras longitudinais de cada lado da nervura central e várias nervuras transversais, finas e pouco espaçadas, quase perpendiculares ou um pouco ascendentes. Pedúnculo floral com 20 a 60 cm de comprimento. Inflorescência composta por duas espigas cilíndricas com 5a 15 cm de comprimento, de coloração rosada ou violácea. As folhas são translúcidas e apresentam geralmente uma coloração verde-claro.
Esta espécie parece encontrar-se apenas distribuída pelo norte do país: Diego-Suarez, Nossibé e Mayotte. Aparece entre os 50 e os 500 metros de altitude em biótipos bastante variados: cursos de água de corrente forte ou fraca e tanto nas zonas ensolaradas como em locais situados na penumbra. O solo destas regiões são de origem vulcânica e a água é muito pouco mineralizada e ligeiramente ácida; a temperatura durante o Verão é de 26 a 27° C.
Consegui aclimatar com sucesso um exemplar que comprei no estrangeiro, em água da rede pública no nosso País. Pouco depois de introduzido no aquário, as folhas morreram quase todas; ficaram só três folhas com péssimo aspeto. Resolvi então fazer «hibernar» o rizoma, depois de lhe cortar as derradeiras folhinhas, em areia molhada à temperatura ambiente de uns 18 a 20° C, durante dois meses. Após este período de repouso, coloquei o rizoma num aquário já em funcionamento há algum tempo cheio de água da torneira (12° DH e um pH 6,5 a 7). O solo era constituído por areão grosso granítico não lavado, trazido diretamente do rio para o aquário.
Ao fim de dois dias apareceram as primeiras folhas e passadas algumas semanas já quatro folhas maiores (40 cm) tinham atingido a superfície. São plantas de grande porte que necessitam de bastante espaço para se desenvolverem convenientemente. Mudanças regulares da água do aquário favorecem o seu desenvolvimento. Ao fim de dois meses, apareceu a primeira floração.
Pratiquei uma polinização artificial piassando suavemente um pincel de sedas finas sobre a inflorescência mas não consegui obter sementes. Posteriormente, apareceram regularmente mais inflorescências à superfície mas nunca consegui obter as desejadas sementes. O senhor Van Bruggen afirma ter conseguido fazer uma hibridação entre a A. boivinianus e a A. ulvaceus.
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