Thunberg, 1845
Thunberg, 1845
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A aponogeton crispus, o rizoma tem a forma de tubérculo com 1 a 4 cm de diâmetro. As folhas, de base arredondada, são translúcidas e apresentam uma coloração do verde-claro ao escuro. O limbo é levemente crispado (de onde provém o nome específico de críspus) e tem 3 a 5 cm de largura por 30 cm de comprimento. Tem 3 a 4 nervuras longitudinais paralelas de cada lado da nervura central. Os pecíolos têm 30 a 35 cm de altura. A inflorescência consiste numa espiga emersa com 10 a 15 cm de altura, com flores brancas. Existem duas espécies semelhantes: a Aponogeton Elongatus e a Aponogeton Undulatus.
Geralmente, as plantas que se encontram no mercado aquariófilo, aquarismo designadas por este nome, não são mais do que híbridos com aspecto bastante semelhante. De facto, estas plantas cruzam-se facilmente com outras espé¬cies do mesmo género. As mais frequentes são: Aponogeton Undulatus, Aponogeton elongatus e a Aponogeton Ulvaceus. Estes híbridos florescem durante todo o ano mas, ao fim de pouco tempo, deixam de produzir sementes férteis.
A única forma de termos a certeza de adquirir a forma pura é através de rizomas recém-importados. A Aponogeton Críspus é uma das espécies desta família que melhor se adapta em aquário. Suporta bem água com características bem diferentes da dos locais de origem.
No nosso País, desenvolve-se e reproduz-se perfeitamente, conservada em água da torneira. Como em todas as outras Aponogeton, devemos ter o cuidado de não enterrar demasiado o rizoma na areia, pois isso pode originar o seu apodrecimento. Quando isto acontece, podemos algumas vezes salvar a planta cortando a parte afectada, facilmente detectável pelo seu cheiro nauseabundo, coloração escura e consistência mole.
Um solo constituído por areia grossa e argila serve perfeitamente as exigências desta planta. Só as raízes devem ficar enterradas na areia, de forma a haver uma boa circulação de água à volta do rizoma. A reprodução desta espécie é fácil de conseguir. A floração aparece geralmente de Maio a Junho e de Setembro a Outubro. Com um pincel de sedas finas, praticamos uma polinização artificial, fazendo-o passar suavemente sobre a inflorescência.
Ao fim de algum tempo, formam-se os frutos de aspecto granuloso sobre a espiga. Quando maduros, destacam-se e caem. Devemos fazer germinar as sementes num pequeno recipiente, colocando-as sobre areia e cobrindo-as com uma camada de água com 1 a 2 cm de altura, a 26-27° C.
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